segunda-feira, 28 de abril de 2008

TEXTOS - J. Rawls



Como foi aqui anunciado, o Dr. Paulo Barcelos juntamente com o IFL, organizou o Workshop "The Law of Peoples", pensar a Justiça Global a partir de John Rawls.
Para quem não teve a oportunidade de participar, tem agora acesso a uma leitura dos textos analisados e estudados, que foram seleccionados para a matéria durante o curso. O NECPRI agradece ao Paulo Barcelos pela disponibilidade.


Rawls's Law of Peoples: Rules for a Vanished Westphalian World - Allen Buchanan

An Egalitarian Law of Peoples - Thomas Pogge

terça-feira, 22 de abril de 2008

Stop the Clash of Civilizations

Este foi o filme com mais votos, na categoria da politica, no YouTube.

" A Filosofia Portuguesa no Séc. XIX"

Instituto de Filosofia Sociedade Histórica

Luso-Brasileir da Independência de Portugal



CURSO

“ A FILOSOFIA PORTUGUESA NO SÉC. XIX”

ABRIL

(A partir das 15,00h)

DIA 8Caminhos da Filosofia Portuguesa no Séc. XIX (A. Braz Teixeira)

DIA 15A herança setecentista (Pedro Calafate)

DIA 22Sensismo e utilitarismo: I – Joaquim José Rodrigues de Brito (J. Esteves Pereira)

Dia 29 - Sensismo e utilitarismo: II – Silvestre Pinheiro Ferreira(Rodrigo Cunha)

MAIO

(A partir das 15,00h)

DIA 6 - Sensismo e utilitarismo: III – José Agostinho de Macedo (Ivone Ornellas)

DIA 13A reacção espiritualista: I – Vicente Ferrer Neto Paiva e o Krausismo ( A. Braz Teixeira)

DIA 20A reacção espiritualista: II – Joaquim Maria Rodrigues de Brito ( A. Braz Teixeira)

DIA 27A reacção espiritualista: III – Joaquim Maria da Silva (A. Braz Teixeira)

JUNHO

(A partir das 15,00h)

DIA 3A reacção espiritualista: IV – Amorim Viana (Manuel Cândido Pimentel)

DIA 17A reacção espiritualista: V – Cunha Seixas (J. Esteves Pereira)

DIA 24A reacção espiritualista: VI – Antero de Quental (Maria de Lourdes Sirgado Ganho)






CONTACTOS: Sociedade Histórica da Independência de Portugal

Palácio da Independência - Largo de São Domingos, 11 - 1150-320 – Lisboa

Telefone: 213241470 * Fax: 213420411 * Email: ship.geral@ship.pt

quinta-feira, 17 de abril de 2008

IPRI-UNL - Ciclo Relações Internacionais, 17 de Abril


17 Abril, 19h00

Ciclo Relações Internacionais: «Cinco Anos Depois da Invasão do Iraque»

Livraria Almedina, Atrium Saldanha
Diana Soller, Investigadora, Instituto de Defesa Nacional
Bruno Cardoso Reis, Investigador, Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais

IPRI-UNL - Workshop Tratado de Lisboa, 18 de Abril






18 Abril, 15h00
Workshop: Tratado de Lisboa: Políticas Externas, de Segurança e de Defesa
Instituto de Defesa Nacional


15h00 Sessão de Abertura
Nuno Severiano Teixeira, Ministro da Defesa Nacional

15h30 O Tratado de Lisboa e o futuro da Europa

Henrique Freitas, Assembleia da República
José Lamego, Assembleia da República

16h15 As políticas externas, de segurança e de defesa
Isabel Ferreira Nunes, Instituto de Defesa Nacional
Carlos Gaspar, IPRI-UNL

17h00 Sessão de Encerramento
António Telo, Director do Instituto de Defesa Nacional
Carlos Gaspar, Director do IPRI-UNL

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Launch of new call for proposals between the EU and Australia, Japan, New Zealand and the Republic of Korea

Industrialised Countries Instrument Education Cooperation Programme (ICI ECP)Call for proposals 2008 Reference: EAC/14/2008 Application deadline: 06 June 2008
The European Commission, in conjunction with the governments of Australia, Japan, New Zealand and the Republic of Korea is pleased to announce a new multi-country call for proposals in the field of higher education and training.
The objective of this call is to support international curriculum development projects that involve short term mobility at undergraduate or masters' level between the EU and the partner countries not necessarily related to award of a joint or dual/double degree.
Consortia applying for projects under this call are formed by at least 3 institutions from the EU and 2 institutions from a given partner country. Selected consortia will set up a framework for student mobility whereby EU students will typically spend one semester in the partner country institution and vice versa with full recognition of the study period abroad by the home institution.
We would appreciate is you could pass this information to colleagues/organisations who may be interested in applying for a project grant. Funding up to EUR 425,000 per project (depending on the number of partner institutions) is available. Support includes mobility grants for students and faculty.

Further information is available at: http://ec.europa.eu/education/programmes/eu_others/call08_en.html

Diego Sammaritano & Bodo Richter

Education Cooperation with Industrialised Countries European Commission - Directorate General for Education and CultureDirectorate A - Lifelong Learning: horizontal Lisbon policy issues and international affairsUnit A.5 - Cooperation and international programmesü http://ec.europa.eu/dgs/education_culture/index_en.htm

terça-feira, 15 de abril de 2008

Livro do Mês de Março: "A doença do Islão" - Abdelwahab Meddeb


Espero que desculpem, mas o Livro do mês de Março vem um pouco atrasado. Esta iniciativa do NECPRI tem sido mobilizada por alguns alunos de outras faculdades. Apresentamos um tema polémico e mediático - O Islão, mas desta vez visto, não por uma visão ocidental, mas sim numa perspectiva intrínseca da sua cultura por Abdelwahab Meddeb. Agradecemos á Dr. Filipa Saudade e Silva, aluna do Mestrado Relações Internacionais: Segurança e Defesa, no Instituto de Estudos Políticos, na Universidade Católica Portuguesa, quem tem sido sempre prestável ao NECPRI.



« Se o fanatismo foi a doença do cristianismo,
se o nazismo foi a doença da Alemanha,
é seguro que o integrismo é a doença do Islão. »
Abdelwahab Meddeb


Este é o mote da obra de Abdelwahab Meddeb, escritor e poeta tunisino(*), dedicada ao Islão. Escrita no rescaldo do 11 de Setembro, não se trata de mais uma obra oportunista sobre o terrorismo islâmico, redutora como tantas outras que encheram o mercado no pós-11/09.
O Islão é aqui apresentado por alguém que o conhece de perto, o estuda e professa, conduzindo-nos às suas raízes, de modo a descobrir que Islão é este que leva fieis em todo o mundo a matarem e a morrerem em nome de um Deus.
Apesar da matriz marcadamente francesa, penso que esta deve constituir uma obra de referência e uma boa base para todos aqueles que procuram conhecer e compreender o Islão e sobretudo a sua matriz radical: o islamismo.
Aqui fica a sugestão e para quem ficou curioso aconselho mesmo a leitura da obra.
"A doença do Islão" por Abdelwahab Meddeb encontra-se publicada em Portugal desde 2005 pela Relógio D’Água.

(*) Nascido em Tunes, vive agora em Paris onde é director da revista internacional Dédale, ensina Literatura Comparada na Universidade de Paris X Nanterre. É autor de uma dezena de obras e de numerosos artigos publicados na Esprit, Communication, Dédale, coordena a emissão «Cultures d’islam», na France Culture.


Dr. Filipa Saudade e Silva
Aluna do Mestrado de Relações Internacionais: Segurança e Defesa, no Instituto de Estudos Políticos, na Universidade Católica Portuguesas.

Conferência de Philippe Schmitter


Integrada no ciclo 'Actividades de Debate em Ciência Política' do Departamento de Sociologia do ISCTE, vai realizar-se no dia 17 de Abril de 2008, pelas 18h no Auditório B203 (Edifício II - ISCTE) a conferência de Philippe Schmitter (European University Institute) "Where does the EU fit in Political Science?".

Convidamos todos a participar.

Educação para o Desenvolvimento Sustentável: a investigação entre os planos e as acções


Conferência
Educação para o Desenvolvimento Sustentável: a investigação entre os planos e as acções
Prof. Manuel Gomes
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
17 de Abril – 18 Horas
Anf: 001 (Torre B)
Organização: Departamento de Estudos Políticos - Pós-Graduação Ciência Política e Relações Internacionais – área Globalização e Ambiente
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Avª de Berna 26 C – 1069-061 – Lisboa - 217908300

sábado, 12 de abril de 2008

Conferência Viriato Soromenho-Marques, FCSH, 14 Abril, 17:30‏


Conferência
Viriato Soromenho-Marques
"Identidade e Limites da Construção Europeia"
Comentador: António Horta Fernandes
14 Abril 2008 17:30
Aud. 1 (Torre B, 1º Piso) Faculdade de Ciências Sociais e Humanas – UNL

Workshop sobre “The Law of Peoples”, de J. Rawls - 14 e 15 Abril - FCSH‏


Conhecer J. Rawls é essencial para qualquer aluno de Ciência Politica e Relações Internacionais. Este seminário dirigido por um antigo colega nosso do curso e do NECPRI, Dr. Paulo Barcelos , torna-se uma oportunidade complementar de discutir a prática filosófica do autor de uma teoria de Justiça. Rawls inovou o pensar a justiça.
Michael Walzer disse: Ninguém que escreva sobre justiça hoje em dia pode deixar de reconhecer e admirar as conquistas de John Rawls
Por isso NÃO FALTES a esta iniciativa!


Pensar a Justiça Global a partir de John Rawls:

Workshop sobre "The Law of Peoples"

Paulo Barcelos (IFL)

14 Abril – 14:00, sala T12 (FCSH)

15 Abril – 16:00, sala T10 (FCSH)



Problema:
Neste seminário procurar-se-á empreender uma reflexão sobre a justiça global a partir de "The Law of Peoples", de John Rawls, uma obra que, sendo pouco estudada nas universidades portuguesas, tem polarizado os debates sobre justiça aplicada às relações internacionais.A proposta de Rawls consiste numa actualização da intenção kantiana de codificar legalmente as relações entre um certo número de Estados integrados numa "Liga para a Paz". Fá-lo através da extensão de uma concepção liberal de justiça do âmbito doméstico para o plano internacional. Esta será operada recorrendo ao dispositivo contractualista já presente em "A Theory of Justice" – a posição original – que presidirá à definição de um conjunto de princípios, passíveis de aceitação tanto por democracias liberais como por povos não-liberais mas "decentes", que dotem a cena internacional de ordenação ética. Trata-se, no fundo, de contrariar a asserção realista de que as relações internacionais são ontologicamente anárquicas e que o relacionamento entre actores é meramente mediado por diferenciais de poder, propondo um modelo, uma concepção política de direito e justiça que se aplique aos princípios da prática internacional.A primeira sessão do Seminário será dedicada a elucidar os constituintes da proposta rawlsiana, procurando perceber que tipo de concepção de justiça se pretende transpor para as relações entre povos, como é que a "lei dos povos" opera, quais são os seus constituintes, e que tipo de consequências implicará para as relações internacionais.Na segunda sessão estudar-se-ão algumas críticas à concepção rawlsiana. Serão abordadas, nomeadamente, a ambiguidade do estatuto dos "povos" que Rawls propõe, a alegada insuficiência do catálogo de direitos humanos que nortearão a lei dos povos, e a ausência de uma proposta de esquema de justiça redistributiva análoga à delineada em "A Theory of Justice". A proposta de Rawls será, então, submetida ao teste cosmopolita.


Textos de trabalho:

- John Rawls: The Law of Peoples, Critical Inquiry 20 (Fall 1993)
- Allen Buchanan: Rawls's Law of Peoples: Rules for a Vanished Westphalian World, in "Ethics" 110 (July 2000)
- Thomas Pogge: An Egalitarian Law of Peoples, in Philosophy & Public Affairs 23 (1994)


* Os textos serão enviados por email aos participantes e depositados na reprografia da FCSH.



Planificação :



Primeira Sessão: 14 de Abril, 14:00, sala T12
1. Noção de "justiça como equidade" em A Theory of Justice
2. Lei dos Povos como "razão pública" – extensão de uma ideia liberal de justiça semelhante a mas "mais geral" que a justiça como equidade
3. "Povos" e não "Estados" (conferição de estatuto moral; limitação da soberania)
4. Usos da Posição Original – extensão da ideia de contracto social à Lei dos Povos
5. Princípios da Lei dos Povos; Direitos Humanos
6. A questão dos povos não-liberais – "povos decentes", estados pária, burdened societies; dever de assistência e intervenção armada


Segunda Sessão: 15 de Abril, 16:00, sala T10
1. Inexactidão da noção de "povos" – injustiça da sua precedência sobre os indivíduos
2. Falsa superação do paradigma vestefaliano de soberania estatal
3. Acepção minimal de Direitos Humanos
4. Ausência de princípio de justiça distributiva internacional – Theory of Justice versus Law of Peoples
5. Cosmopolitismo. Proposta cosmopolita alternativa ao Lei dos Povos: Thomas Pogge e o Global Resources Tax


A assistência ao Seminário é livre e gratuita

Será concedido certificado de participação aos participantes que assistirem a ambas as sessões


Pede-se aos interessados que enviem email para paulobarcelos@gmail.com, para que lhes sejam enviados os textos de trabalho


Esta actividade é realizada no âmbito do projecto de investigação do Instituto de Filosofia da Linguagem Thinking Europe through Rawls' Political Philosophy Perspective

LE MONDE DIPLOMATIQUE: Eleições italianas

ENCONTROS COM O
LE MONDE DIPLOMATIQUE:
“ITÁLIA: O REGRESSO DE BERLUSCONI?”

DIA 17 de ABRIL 2008 às 21h30
c/
João de Almeida Santos e Miguel Portas


"As eleições em Itália são o tema escolhido pelos Encontros do Le Monde Diplomatique para o debate do próximo dia 17 de Abril Às 21h30, no Instituto Franco-Português.João de Almeida Santos e Miguel Portas serão os convidados para falar sobre as eleições italianas.

O debate é aberto e a entrada é livre."

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Destinos de sonho para os licenciados portugueses


De acordo com o Sr. Ministro Mariano Gago.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Por um Quadrado Verde!



PALESTRA
Por um Quadrado Verde!
Espaço Rural ou Parque Urbano?
Um Caso de Estudo em Telheiras.
Ana Contumélias
(Socióloga, ex-dirigente da Associação de Residentes de Telheiras)



Dia 17 de Abril (Quinta-feira), às 18h Auditório 1 (Torre B, 1º Piso)
CICLO DE PALESTRAS
'A ARQUITECTURA E O ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO'
Organização da Comissão Pedagógica do Departamento de Sociologia Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/Universidade Nova de Lisboa
Av. de Berna, 26C
SOCIOLOGIA DA NOVA 30 ANOS
http://www.fcsh.unl.pt

quinta-feira, 3 de abril de 2008

IPRI-UNL - Destaques do website‏





Turquia
Uma petição contra o AKP com acusações de actividades anti-seculares com vista à ilegalização do actual partido do governo turco irá ser apreciada pelo Tribunal Constitucional da Turquia.






Cimeira de Bucareste
O alargamento da NATO e as operações no Afeganistão e no Kosovo foram os temas dominantes na cimeira anual que reuniu os Estados-membros da Aliança Atlântica na Roménia.



Confrontos no Tibete
A escalada de manifestações na capital do Tibete alastrou a outras províncias chinesas enquanto Pequim aumenta as forças de segurança na região.

Lançamento da revista Relações Internacionais n.º 17



terça-feira, 1 de abril de 2008

Ciclo de Conferências sobre Democracia e Democratização na Culturgest





O século xx foi marcado pela expansão da democracia como regime político. Inicialmente restritos a uma pequena parte do mundo anglófono e da Europa Ocidental, os regimes democráticos expandiram-se por todo o globo. Hoje, a maior parte da população mundial vive sob regimes cujos líderes são competitivamente seleccionados através de eleições regulares com sufrágio universal.Contudo, há regiões cujos países permanecem, com raras excepções, aparentemente imunes a estas vagas de democratização. Noutras partes do mundo, eleições livres e competitivas parecem não ser suficientes para assegurar a responsabilização das elites políticas ou o pleno respeito pela separação de poderes. E no interior dos países ocidentais onde a democracia se estabeleceu primeiro, existe um mal-estar crescente acerca do declínio da participação ou do esvaziamento dos mecanismos de representação e responsabilização políticas.Esta série de conferências tem como objectivo abordar as respostas que a investigação académica vem dando a várias questões levantadas por estes desenvolvimentos. Qual a real expressão da “globalização democrática” a que assistimos no último século? Quais os factores que favorecem o estabelecimento e sobrevivência dos regimes democráticos? Que actores sociais, políticos e económicos desempenharam um papel relevante nestes processos? A que tipo de democracias deu origem esta “globalização democrática”?



Pedro Magalhães é investigador auxiliar no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e Director do Centro de Sondagens e Estudos de Opinião da Universidade Católica Portuguesa.

2 de Abril A globalização democrática
16 de Abril Economia e democracia
23 de Abril Cultura e democracia
30 de Abril Que democracias?


Obrigada Raquel Lacerda pelo aviso.

CONFERÊNCIA: «Os Presidentes e a Televisão»



CICLO DE CONFERÊNCIAS
«OS PRESIDENTES E A TELEVISÃO»

Ramalho Eanes fala na FCSH sobre Televisão.
Quinta-feira, 3 de Abril, 11 horas
Auditório 1
FCSH-UNL

Organização: Departamento de Ciências da Comunicação

"Com uma longa carreira militar dos anos 50 aos anos 70 (que o próprio General Ramalho Eanes teria desejado antes na área da Medicina), é fundamentalmente na área política – e sobretudo enquanto mais alto magistrado da Nação ao longo de uma década, aliás num período de grande complexidade na vida nacional (1976-1986) –, que Ramalho Eanes, ascendeu a um lugar de enorme relevância na História recente da jovem democracia portuguesa, no pós-25 de Abril de 1974. Precisamente como primeiro Presidente da República, naquela a que se chama também a II República Portuguesa.

Mas, curiosamente, o General Ramalho Eanes é um protagonista muito particular da história recente, pois teve um conhecimento e uma experiência pessoal também nas áreas da comunicação social – e daí o seu percurso militar e político ter tido também esta outra dimensão no entrecruzamento com o mundo dos média. De facto, enquanto militar, durante a sua comissão na Guiné, chegou a desempenhar funções de oficial de informações encarregado da montagem do serviço de Radiodifusão e Imprensa. E, já no pós-25 de Abril, integrou a Comissão ad-hoc para os Meios de Comunicação Social (30.4.1974). Teve depois uma passagem pela Direcção de Programas da RTP, ao que se sucedeu o cargo de Presidente da RTP (Radiotelevisão Portuguesa), de Outubro de 1974 a 11 de Março de1975.

No ano seguinte, seria eleito por ampla margem e com grande participação cívica e eleitoral dos portugueses, primeiro Presidente da República da emergente democracia portuguesa, a 27 de Junho de 1976, com 61,5% dos votos. Foi presidente ao longo de dois mandatos, de 14.7.1976 a 9.3.1986. Actualmente é, por inerência, conselheiro de Estado vitalício.

A ideia para este Ciclo de Conferências (a que se seguirão Mário Soares, em data a anunciar e Jorge Sampaio, a 8 de Maio), surgiu há pouco mais de um ano atrás, no contexto da comemoração dos 50 anos da televisão em Portugal, numa altura em que praticamente também se iniciava a renovação das licenças das televisões privadas em Portugal.

Nesse contexto, o desafio a que nos propusemos era, no fundo, procurar enquadrar o debate que foi sendo feito na altura com uma nova proposta, ou seja, ouvir os mais altos magistrados da Nação das últimas três décadas, sobre a sua percepção da relação entre a televisão e a sociedade portuguesa na emergência da nossa jovem democracia.

Sendo certo que, dada a sua particular especificidade, a televisão tem ainda hoje uma enorme influência na sociedade portuguesa, devido, entre outros factores, à débil expressão de leitura de imprensa, à quase inexistente educação para os média, e aos índices ainda elevados de analfabetismo e iliteracia, este era, sem dúvida, para nós, um debate adequado à importância e sobretudo à grande influência da televisão junto dos portugueses. Daí esta proposta de ouvir a opinião dos ex-Presidentes da República sobre diferentes aspectos dessa interacção entre o fenómeno televisivo e a sociedade portuguesa, com base na sua própria experiência e na sua observação privilegiada."